Réquiem
Triste
semana esta que marca a última edição do Jornal da Tarde, publicação que deixa
marcas indeléveis para leitores e jornalistas, especialmente para mim, que fiz parte
da equipe que imaginou e pôs em pratica uma maneira inovadora e singular de paginar
e escrever um diário, nos tumultuados idos de 1967.
Por mais de
um ano, até que me transferi para a Veja, em 1968, tive o privilégio de
pertencer a uma família de notáveis da imprensa, capitaneados pelo Mino Carta . Ainda estão vivos em minha memória
os caóticos fechamentos de cada edição, em tardias madrugadas, que levavam à
loucura os vetustos “velhinhos” do Estadão, obrigados geograficamente a uma
convivência desconfortável com a tropa irreverente que o Mino juntou por aí,
especialmente nas Minas Gerais.
Para além da
tristeza, porém, fica a gratificação por eu ter sido ator e testemunha de algo
que dividiu a história da imprensa escrita diária em antes e depois do Jornal
da Tarde. E a certeza de que não teria sido o jornalista que sou sem a convivência
profícua com tantos ícones da profissão, que o acaso juntou em um certo prédio
da Major Quedinho.
Adeus, imorredouro JT.
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