Clarividência
e sensatez
A anterior direção do Jockey Clube
de São Paulo não soube garantir a presença de Alessandro Arcangeli à frente de
sua Comissão de Corridas. Por divergências incontornáveis, Arcangeli
demitiu-se, sem, contudo, se afastar do universo turfístico. Uma pena que isso
tenha ocorrido, pois Alessandro é um dos poucos com capacidade para contribuir
positivamente para que o turfe brasileiro seja outra vez uma atividade
lucrativa.
A dimensão de sua importância pode
ser aferida em uma longa entrevista concedida ao Jornal do Turfe e, em boa
hora, publicada pelo Marcos Rizzon. Ali
estão estabelecidas, com extrema lucidez, as bases de um modelo de gestão capaz
de tirar a entidade desse abismo em que se meteu por vaidade e incompetência de
antigos e atuais dirigentes. Todo aquele
que ama o turfe não pode se furtar de acompanhar um dos mais precisos diagnósticos
sobre como devam ser geridas as entidades que exploram corridas de cavalo.
Queiram os fados que, em algum
momento, sua clarividência e sensatez venham a impregnar a mentalidade dos
responsáveis pelos destinos do turfe brasileiro. Suas ideias são uma luz no fim
do túnel.